Itabaiana -

Testemunhando: "Frutos da Fé"

domingo, 9 de dezembro de 2007 , Posted by IASD DE ITABAIANA at 17:50


“Eu, porém, ponho minha esperança em Deus, o Senhor, e confio firmemente que Ele me salvará. O meu Deus me atenderá.”. Miq. 7:7

Freqüento a Igreja Adventista desde os meus 2 anos de idade, quando minha mãe começou a tomar estudos bíblicos com os irmãos de meu pai (e este não tinha interesse algum na igreja e nem em Deus!). Minha mãe se batizou em 1986 e de lá pra cá sempre procurou educar os quatro filhos nos caminhos de Deus. Com a conversão, vieram também as provações com meu pai, cuja vida se resumia a trabalhar durante a semana e passar os fins de semana em bares ou acampamentos e passeios com seus “amigos”, todos de conduta irregular, moralmente falando. Além da bebida, meu pai também fumava e era adúltero. Claro que ela sempre soube disso, mas a certeza veio quando eu tinha a idade de 14 anos, quando uma mulher ligou pra minha casa dizendo que meu pai tinha uma amante, e ainda mencionou nome e endereço. Minha mãe, certo dia, seguiu meu pai e o encontrou no tal endereço, conversando com uma mulher. A partir desse dia, nossa vida se tornou um verdadeiro inferno de brigas, choros, desconfianças...

Como muitos adolescentes de nossa igreja, minha vida cristã se resumia a ir à igreja aos sábados pela manhã, embora minha mãe fosse uma mulher de muita oração e leitura da Palavra. Fazíamos culto de vez em quando, mas ela estava SEMPRE orando! Isso teve uma influência muito boa em minha vida posteriormente. Bem, o fato é que eu não orava, não ia aos cultos, chegando até a ouvir conversas de que eu estava afastada! Mas, todo esse sofrimento de ver meus pais sempre brigando, meu pai dormindo fora de casa deixando minha mãe em prantos pelos cantos, tudo isso me fez ter o desejo de experimentar Jesus de verdade. Eu não acreditava em milagres pelo simples fato de não conhecer o Autor dos verdadeiros milagres. As cenas mais tristes de minha vida (briga entre meu pai e meu irmão, com faca e pau em mãos, e minha mãe sempre chorando e orando pelos cantos da casa) me constrangeram a buscar a Deus. Ia sempre aos cultos de quarta-feira pra pedir orações, e passei a orar em casa. Queria ver se Deus realmente poderia salvar minha família e o casamento de meus pais.

Houve vários episódios de tristeza, mas o mais crítico aconteceu em uma tarde de sábado, quando estávamos nos aprontando para passar o fim de semana no sítio. Meu pai entrou no carro e disse que ia ao mercado comprar algumas coisas; ofereci-me pra ir com ele, mas sem sucesso. As horas se passaram e às 17h meu pai ainda não havia chegado e nem dado notícias. Minha mãe nos chamou para orar e, assim que nos levantamos, o telefone tocou; era a amante de meu pai, dizendo que esteve com ele e que disse que a amava, que não amava mais minha mãe, etc. Meu irmão tomou o telefone de minha mãe e começou a brigar com a mulher; ele a ameaçou e desafiou-a a aparecer, que ela a mataria...foi horrível. Já à noite, meu pai ligou, bêbado, dizendo onde estava; minha mãe foi com meu irmão mais novo buscá-lo, o mais velho saiu com um amigo e eu fiquei em casa com minha irmã. Mais tarde, alguém bateu no portão...qual não foi minha surpresa ao abrir a porta e dar de cara com ELA! A mulher estava à procura meu irmão, e que não estava só (provavelmente aquele homem que esperava no carro estava armado). Graças a Deus, meu irmão não estava em casa...e ela se foi. Quando meus pais chegaram, ela começou a ligar...meu pai não quis atender e ela me disse que se ele não aparecesse no encontro deles, marcado para aquela noite, iria até minha casa matar a nós todos! Meu pai se levantou rapidamente da cadeira e pegou a arma guardada no guarda roupa: “Deixa ela aparecer, que quem vai morrer é ela!” Minha mãe gritava, eu também. Tomamos a arma de meu pai e resolvemos ir pra o sítio, já que estava tudo pronto. Lá chegando, o clima era de tristeza profunda: minha mãe dentro de casa, meu pai na rede no quintal. Deitei-me com meu pai na rede, encostei a cabeça em seu peito, e ele me disse: “Minha filha, eu tenho tentado, mas não consigo...eu não consigo!” Quanta dor e angústia havia naquela voz. Eu chorei, mas orei também naquele momento. Deus ouviu minhas orações e as de minha mãe que já pedia há anos, pois na segunda-feira seguinte meu era um novo homem: não quis mais saber da mulher que, inclusive, tentou suicídio. Começou a tomar estudos bíblicos e se batizou em dezembro de 2000. Foi o dia mais feliz de minha vida. Hoje vejo o poder de Deus de forma concreta, pois aquele homem que bebia e adulterava agora é um diácono da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Não lembro de meu pai me tratar com amor e carinho quando criança, mas hoje, quanta doçura ao se dirigir a mim! A conversão de meu pai não o atingiu apenas a ele, mas também minha vida passou a ter mais intensamente a presença do Autor dos milagres.

Nosso Deus não é de palavras. Ele cumpre suas promessas e se revela na vida daqueles que o buscam com fé.


Rita de Cássia Oliveira Góis

Atualmente tem 0 comentários:

Related Posts with Thumbnails