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Um artigo para entender melhor o relacionamento.

Homens e mulheres no meio de uma transição, afastando-se dos papéis sexuais tradicionais e descobrindo novos – o resultado é que as expectativas em relação um ao outro se tornam ambíguas e confusas. Isso é lamentável; se existe uma verdade simples, é de que uma quantidade maior de expectativas diminui a possibilidade de o relacionamento progredir.

A fim de aumentar a probabilidade de que um relacionamento se aprofunde, é indispensável que um homem e uma mulher sejam abertos e francos – que usem o mínimo possível de disfarces e filtros. Quando o comportamento de um dos dois é determinado por noções ou expectativas preconcebidas, a expressão pessoal é reduzida, limitando consideravelmente a possibilidade de intimidade genuína.

As pessoas sozinhas, por exemplo, queixam-se da previsibilidade do primeiro encontro. “Nada mais parece novidade.” Explicam que as frases de abertura, os assuntos abordados, até as piadas nos bares de pessoas sozinhas e outras reuniões são banais e chatas. Obviamente, o verdadeiro problema é que as pessoas têm medo de se soltar. Em outro ambiente, em que se sintam mais à vontade e abertas, essas mesmas pessoas se mostram extremamente interessantes.

Os homens e mulheres que se queixam mais clamorosamente podem querer também analisar a natureza da previsão que sempre se cumpre: quando um homem ou uma mulher prevê o tédio, provavelmente vai encontrá-lo. Talvez a mulher adote a pose da observadora indiferente. O homem, por sua vez, recai num padrão de conversa previsível. Nenhum dos dois oferece bastante espaço ou faz esforço suficiente para que o inesperado ou novo possa ocorrer. Quanto mais livres os homens e mulheres se permitem ser, mais provavelmente vão se relacionar de novas maneiras.

O importante para as mulheres é lembrar que a expectativa é inimiga da intimidade. Quanto mais um homem se sente pressionado a corresponder às expectativas de uma mulher, torna-se menos provável que se mostre descontraído e aberto. Os homens, como as mulheres, querem ser aceitos pelo que são em vez de se tornarem o que outra pessoa quer ou precisa que eles sejam.

Fonte: Connel Cowan e Melvyn Kinder, Mulheres Inteligentes, Escolhas Insensatas – p. 136/137